Na terça-feira, 21, a secretária de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Prazeres, reuniu-se, com a diretora-geral de Sistemas Comerciais no Departamento para Negócios e Comércio do Governo do Reino Unido, Joanna Crellin, com que conversou sobre a cooperação em áreas de interesse mútuo em temas de política comercial, como comércio e sustentabilidade e comércio e gênero.
Um dos temas tratados, foi o fortalecimento do Comitê Econômico e Comercial Conjunto Brasil-Reino Unido (JETCO), mecanismo de diálogo bilateral que busca promover o comércio e os investimentos entre os dois países; de temas relacionados a defesa comercial; do fortalecimento da Organização Mundial do Comércio (OMC) e da presidência brasileira do G20 em 2024.
De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC, no ano passado, as exportações brasileiras para o Reino Unido totalizaram US$ 3,6 bilhões, com crescimento de 19% em relação a 2021. No mesmo período, o Brasil comprou do reino Unido US$ 2,7 bilhões em mercadorias, um acréscimo de 9,5% em relação ao ano anterior.
Já a corrente de comércio, no mesmo período, chegou a US$ 6,4 bilhões, ou 14,9% a mais que em 2021. Assim, em 2022, o comércio com o Reino Unido resultou em superávit de US$ 884 milhões para o Brasil. O Reino Unido ocupa a 20ª posição no ranking de vendas externas brasileiras e representa 1% do total das nossas exportações para o mundo.
Enquanto aos investimentos, entre janeiro e setembro de 2021, ingressaram no Brasil, provenientes do Reino Unido, cerca de US$ 719 milhões, cifra comparável a todo o ano de 2020, quando foram registrados US$ 872 milhões em investimentos diretos britânicos no Brasil.
Conforme dados do Banco Central, em 2015 (dado mais recente), havia mais de 800 empresas com capital britânico estabelecidas no Brasil. Em 2020, o investimento direto do Brasil no Reino Unido (posição em participação no capital correspondente a investidor imediato) totalizou aproximadamente US$ 5,19 bilhões. A maior parte desses investimentos, em 2020, concentrou-se em serviços financeiros (cerca de US$ 4,58 bilhões).