CNA reúne estrangeiros para debate sobre o Cadastro Ambiental

por | jun 30, 2023 | 11h

Na quinta-feira, 29, a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), reuniu diplomatas da África do Sul, Argentina, Austrália, Bélgica, Chile, Colômbia, El Salvador, EUA, França, Itália, Malawi, Nova Zelândia, Portugal e União Europeia, para debater sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o seu papel no cumprimento do Código Florestal Brasileiro (Lei 12.651/2012).

Este foi o segundo encontro do ano realizado na sede da CNA. A diretora de Relações Internacionais da entidade, Sueme Mori e o coordenador de Sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias, falaram sobre o que é o CAR, como funciona, e a importância da sustentabilidade na produção de alimentos.

Ananias destacou que o mundo está de olho no Brasil por ser o segundo país com a maior área de florestas do mundo. A vegetação nativa corresponde a 66,3% do território nacional e 33% desse total está dentro das propriedades rurais. Mesmo o país batendo recordes de produção, a agricultura ocupa apenas 7,8% de área.

Segundo ele, “o agro brasileiro teve um salto nos últimos anos com o uso intensivo de tecnologia. Em 47 anos, a produção cresceu 560% e a produtividade (tonelada por hectare) 220%, e a área 106%. Para produzir o mesmo que hoje, com a tecnologia de 47 anos atrás, teríamos que expandir 188 milhões de hectares. Isso mostra que a nossa produção cresceu de forma vertical”, explicou.

Ele afirmou que o Brasil possui o maior potencial produtivo para garantir a segurança alimentar, produzindo alimentos para o país e para o mundo e que os produtores rurais estão cientes da responsabilidade com a sustentabilidade e cumprimento das normas do Código Florestal, que trouxe conceitos importantes, como a Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL) e a maior iniciativa de cadastramento de florestas e ocupação do solo do mundo: o CAR.

“Antes de falar do Cadastro Ambiental Rural, é importante lembrar que o Código Florestal não é algo opcional ou adicional, ele é obrigatório. A legislação passou por uma reforma em 2012 para conciliar a produção e a preservação da vegetação nativa no país. Portanto, não estamos prometendo preservar 80% de reserva legal na Amazônia e 20% no Cerrado e demais biomas, isso já é realidade”, assegurou.