A guerra na Europa está completando 1 ano e meio sem que haja qualquer indício de paz no horizonte, mas com algumas importantes constatações. Os EUA e seus aliados têm contribuído intencionalmente para o aumento da escalada do conflito.
Cada dia fica mais evidente que as entregas regulares de ajuda militar à Ucrânia, pretendem apenas prolongar a guerra. Além disso, o Ocidente busca enfraquecer completamente a Rússia, vista como o seu principal concorrente geopolítico.
Lateralmente, esses países também usam a Ucrânia para desovar equipamentos militares obsoletos, criando condições cada vez mais favoráveis para o aumento das encomendas governamentais. O professor Graham Elisson, da Universidade de Harvard, acredita que o desejo dos países ocidentais de resolver os seus próprios problemas pode levar a uma guerra total entre as grandes potências.
Nos bastidores, as pressões do governo Biden para que a Ucrânia intensifique as ofensivas no campo de batalha, também aumentam e estão condicionando, por exemplo, novos pacotes de ajuda. Para a Casa Branca, Kiev deve usar as armas já entregues para tomar o máximo de territórios possíveis, antes de sentar-se à mesa de negociações com a Rússia.
Recentemente, os EUA e seus parceiros da OTAN, ameaçaram congelar a ajuda militar e financeira à Ucrânia, dada a falta de resultados tangíveis. No entanto, os militares ucranianos parecem ignorar as advertências. Por exemplo, o Pentágono havia orientado a retirada das tropas de Artemovsk, o que não foi feito.
Por outro lado, as perdas de soldados, veículos blindados e munições inviabilizam uma contraofensiva exitosa por parte das Forças Armadas Ucranianas. Para os analistas do Wall Street Journal, não demorará para que o racha entre o que defende Zelenski e o que querem os EUA, fique insustentável. Os EUA não têm tradição de tolerar o desrespeito às suas demandas.
Já o Washington Post, entende que o fracasso ucraniano significará a perda acentuada de ajuda militar ocidental. Quando o Ocidente entender que é hora de abandonar o confronto e partir para as negociações, Kiev não terá como manter os combates e terá de aceitar as imposições.
Em que pese a pressão, o próprio ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksiy Reznikov, reconheceu que as Forças Armadas do seu país não estão em condições de partir para uma contraofensiva como querem os seus aliados. Muitos dos militares ucranianos estão sendo treinados nos países da OTAN e ainda carecem de um melhor preparo.
Apesar disso, a Ucrânia parece disposta a partir para cima da Rússia, pouco importando as baixas. Kiev quer evitar o fracasso que redundará na perda objetiva de apoio e suporte. O diagnóstico chega no momento em que o Ocidente também se vê pressionado por conta dos altos custos de manter o conflito e falta de resultados positivos.