Na última sexta-feira, 11, o governo federal lançou a nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em que assegurou R$ 53 bilhões para a Defesa investir nos Projetos Estratégicos das Forças Armadas. Atualmente, o setor representa cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) e gera 2,9 milhões de empregos, diretos e indiretos.
De acordo com o próprio MD, “os recursos destinados à Defesa serão utilizados para equipar o país com tecnologias de ponta e aumentar a capacidade de defesa nacional, além de fortalecer a Base Industrial de Defesa (BID)”. O eixo Defesa do PAC, com foco nos Projetos Estratégicos, prevê o desenvolvimento e aquisição de equipamentos navais, terrestres, aéreos e sistemas integradores.
Marinha
A Marinha irá priorizar o Programa Nuclear com a construção da Planta Nuclear Embarcada (PNE) do Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear (SCPN). Como objetivos intermediários, serão desenvolvidos e obtidos o Laboratório de Geração Nucleoelétrica – LABGENE, que é o protótipo em terra da PNE, e a infraestrutura do Ciclo do Combustível.
Além disso, haverá recursos para o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), com a construção no país do primeiro Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear (SCPN). O programa prevê, ainda, o aprimoramento e inovação da Força de Submarinos, com a construção de quatro Submarinos Convencionais e a continuação das obras do Complexo Naval de Itaguaí (RJ)
O Programa de Desenvolvimento de Navios-Patrulha (PRONAPA), também será contemplado com a construção de navios patrulha, que serão desenvolvidos e construídos a nível nacional, para emprego em ações de inspeção naval e na fiscalização de águas interiores, do mar territorial, da Zona Contígua e da Zona Econômica Exclusiva (ZEE).
Por último, o Projeto Fragatas Classe Tamandaré, prevê a construção no país de quatro navios modernos, de alta complexidade tecnológica, para missões de defesa, aproximada ou afastada, do litoral brasileiro.
Exército
O Exército pretende garantir recursos para o Programa Estratégico Força Blindada, que está focado na obtenção de viaturas blindadas sobre rodas e sobre lagartas, além dos seus subsistemas componentes, como os sistemas de armas e comunicações. A ideia é transformar a Infantaria Motorizada em Mecanizada, além de modernizar a Cavalaria Mecanizada e a Infantaria e Cavalaria Blindadas.
O Programa Estratégico ASTROS é outra prioridade. O programa contribuirá para a organização da artilharia de mísseis e foguetes do Exército, com um sistema capaz de empregar foguetes guiados e mísseis táticos de cruzeiro a um alcance de 300 Km. Haverá, ainda, recursos para acelerar a implementação do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON) e o Programa Aviação do Exército.
Aeronáutica
Para a Força Aérea, as prioridades são seis, com a continuidade do FX-2 e o emprego do caça Gripen, o desenvolvimento e aquisição do cargueiro KC-390, a aquisição de aeronaves para missões de reabastecimento em voo, transporte aéreo logístico (carga e passageiros), ações humanitárias e evacuação aeromédica, nacionais ou internacionais.
Há previsão, ainda, de conversão das aeronaves de transporte A330-200 da FAB para reabastecimento em voo, com preparo para evacuação aeromédica, além de materiais, equipamentos e serviços.
Por fim, está prevista a aquisição de helicópteros de médio porte destinados à tarefa de sustentação ao combate e de interdição, bem como para missões de treinamento, ações humanitárias, de integração nacional e cívico-sociais. A FAB tentará, também, adquirir helicópteros leves para instrução e operação.