EUA envia mais US$ 200 milhões em armas para a Ucrânia

por | ago 15, 2023 | 16h

Nesta segunda-feira, 14, o Pentágono confirmou o envio de mais US$ 200 milhões em armamentos para a Ucrânia. O pacote inclui munições críticas para sistemas de defesa aérea Patriot fornecidos pelos EUA e sistemas de foguetes de artilharia de alta mobilidade, entre outros itens.

Ainda de acordo com o Pentágono, os itens estão sendo provisionados como parte dos US$ 6,2 bilhões que os EUA prometeram à Ucrânia. Desde agosto de 2021, a Ucrânia recebeu 44 pacotes de equipamentos entregues pelos EUA. Autoridades norte-americanas destacaram que o “pacote ressalta o compromisso contínuo dos EUA em fornecer à Ucrânia as capacidades necessárias para defender o seu território”.

“A Rússia começou esta guerra e pode terminá-la a qualquer momento, retirando suas forças da Ucrânia e interrompendo seus ataques brutais”, disse o secretário de Estado, Antony J. Blinken. “Até que isso aconteça, os EUA e os nossos aliados e parceiros permanecerão unidos à Ucrânia pelo tempo que for necessário”, garantiu.

Desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, o governo Biden comprometeu mais de US$ 43 bilhões em assistência militar à Ucrânia. Essa assistência incluiu mais de 2 mil sistemas antiaéreos Stinger, mais de 10 mil sistemas antiblindados Javelin e mais de 2 milhões de cartuchos de artilharia de 155 mm, entre outros itens.

Brasil

Na contramão da estratégia norte-americana, o Brasil negou a venda de 450 blindados Guarani, no formato ambulâncias, para a Ucrânia, um negócio de R$ 3,5 bilhões. Um pedido de explicações sobre as razões pelas quais o Brasil teria negado a venda das ambulâncias, foi aprovado na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados, por inciativa do deputado Paulo Bilynsky (PL-SP).

O parlamentar também quer saber se o presidente da República, ou o responsável pela negativa, tomou tal decisão considerando as perspectivas envolvendo a guerra da Rússia contra a Ucrânia. Ele também lamentou o prejuízo causado à Base Industrial de Defesa (BID).

“Os veículos militares, desenvolvidos pela indústria nacional, seriam utilizados em missões humanitárias no país europeu, que está envolvido em uma guerra com a Rússia. A negativa do atual presidente, levanta questionamentos acerca das Relações Internacionais brasileiras, assim como acerca do papel do Brasil na esfera da influência global”, explicou.

Na segunda-feira, 14, o presidente Lula afirmou que a guerra somente será interrompida quando os dois países “tiverem a humildade” de “sentar para conversar e parar de se matar”. “Não é possível que não haja um momento que Rússia e Ucrânia sentem para conversar e parem de se matar. Ou seja, uma guerra que só destrói o que demorou anos para ser construído. Então, é preciso encontrar um caminho”, afirmou.