No dia 12 de outubro, o Ministério das Relações Exteriores, difundiu uma nota em que esclarece as razões pelas quais o Brasil não classifica o Hamas como um grupo terrorista.
De acordo com o Itamaraty, “no tocante à qualificação de entidades como terroristas, o Brasil aplica as determinações feitas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, órgão encarregado de velar pela paz e pela segurança internacionais, nos termos do artigo 24 da carta da ONU”. Isso explica, mas não justifica.
O Hamas é um grupo terrorista. O terrorismo está em sua essência e o ataque desferido contra a população civil em Israel, foi um ato covarde como são os ataques terroristas, cujo propósito não é outro senão provocar o terror e o pânico.
Não se trata de um exército regular. O Hamas não atacou objetivos militares em Israel. O ataque foi à população civil. O Brasil não precisa de autorização da ONU nem do seu Conselho de Segurança, para adotar a linguagem correta, sem malabarismos.
Além disso, o Hamas não é um ator internacional com o qual você senta e negocia. O Hamas não se guia por uma diretriz civilizada. Tampouco sua suposta “luta revolucionária” pretende restituir a terra aos palestinos. Os palestinos são tão ou mais oprimidos pelo Hamas que lhes priva de liberdade total.
Gaza é, de fato, uma prisão à céu aberto, onde encontram-se confinados cerca de 2 milhões de pessoas. A questão, no entanto, é definir melhor quem são seus carcereiros. E Israel não é o único. O Hamas é o principal.